Donkey Kong era um mascote da Nintendo muito
antes do nascimento de Mario. Que Mario? – Ah, esquece, já fiz essa piada nesse
vídeo que está aparecendo na tela agora, vejam lá o Por Trás dos Sprites de
Super Mario. Voltando. – Inclusive foi em um jogo dele que surgiu o carpinteiro
bigodudo.
E tem uma sequência de três jogos que são
incrivelmente bons desse personagem, os Dokey Kongs Country de SNES. No vídeo
de hoje, falaremos do clássico que iniciou essa trilogia. Sejam bem-vindos ao
Por Trás dos Sprites Donkey Kong Country.
Para assistir ao vídeo desse texto clique aqui.
Estrelando o personagem Donkey Kong, o jogo
se passa na "Donkey Kong Island" onde existem seis regiões com
ambientes diferentes. O enredo gira em torno de Donkey Kong e seu sobrinho
Diddy Kong, que devem recuperar seu tesouro de bananas roubado por King K. Rool
e os Kremlings.
Este foi o primeiro jogo Donkey Kong a não
ser produzido e nem dirigido por Shigeru Miyamoto, o criador do personagem; ao
invés disso, atuaram Tim Stamper e Gregg Mayles, embora Miyamoto ainda
estivesse envolvido no projeto.
Shigeru Miyamoto |
Após uma intensa campanha publicitária, a
versão original para o SNES vendeu mais de nove milhões de cópias, fazendo
deste o segundo jogo mais bem vendido da plataforma (atrás apenas de Super
Mario World). O jogo foi uma revolução em termos gráficos para sua época, sendo
o primeiro a conter 32 megabits no cartucho de Super Nintendo. Com texturas
pré-renderizadas em modelos 3D, era lindo. E até hoje é, de certa forma.
Donkey Kong Country foi revolucionário ao ser
um dos primeiros jogos entre os principais sistemas de videogame a utilizar a
tecnologia chamada ACM ("Advanced Computer Modeling", ou
"Modelagem Avançada por Computador"), a mesma utilizada no jogo
Killer Instinct, também da Rare. A empresa inglesa fundada em 1985 assumiu
sérios riscos financeiros ao adquirir o caro equipamento de SGI utilizado para
modelar os gráficos, mas a repercussão e o impacto no mundo dos games foram
tamanhos que, entre nós, valeu a pena.
Donkey Kong em ACM |
A trilha sonora é outro ponto a se destacar,
pois temos Robin Beanland, Eveline Fischer e David Wise trabalhando juntos.
Esse último, para que vocês saibam, foi responsável pelas trilhas de The
Amazing Spiderman de Game Boy e Battletoads, por exemplo. E tem suas obras
principais nos três jogos da franquia.
O jogo é dividido em seis mundos e um boss
final.
Mundo 1: Kongo Jungle (Selva do Macaco)
Como o próprio nome diz, é uma selva. É o local onde habita Donkey Kong. O
chefe do mundo é Very Gnawty, um monstro com aparência de castor que pula. Temos cinco fases aqui: Jungle Hi-jinks, Ropey
Rampage, Reptile Rumble, Coral Capers e Barrel Cannon Canyon. Além do chefe, Very
Gnawty's Lair.
Mundo 2: Monkey Mines (Minas do Macaco)
Aqui há
áreas subterrâneas. Novamente
temos cinco fases, Wink's Walkway, Mine Cart Carnage, Bouncy Bonanza, Stop
& Go Station e Milstone Mayhem. O
boss final é Necky's Nuts, um monstro com aparência de abutre que lança ovos.
Mundo 3: Vine Valley (Vale
Videira)
Voltamos para uma área de floresta. Aqui, diferente dos outros
estágios, nós temos seis fases: a Vulture Culture, Tree Top Town, Forest Frenzy,
Temple Tempest, Orang-utan Gang e Clam City. O boss é Bumble B. Rumble, uma abelha
gigante.
Mundo 4: Gorilla Glacier (Geleira do
Gorila)
É uma área de neve, famosa nos jogos da Nintendo. O chefe do mundo é
Really Gnawty, um castor que pula bem alto. A
fases aqui são: a Snow Barrel Blast, Slipslide Ride, Ice Age Alley, Croctopus
Chase, Torchlight Trouble e Rope Bridge Rumble.
Mundo 5: A Kremkroc Industries Inc.
Começamos a perceber que estamos no final do jogo. A Kremkroc é uma área industrial poluída. O chefe
do mundo é Dumb Drum, uma lata de óleo gigante com o desenho de uma caveira que
lança inimigos.
No mesmo padrão, nós temos seis fases, que
são: Oil Drum Alley, Trick Track Trek (cara esses nomes são trava-linguas), Elevator
Antics, Poison Pond, Mine Cart Madness e Blackout Basement.
Mundo 6: Chimp Caverns (a Caverna do Chimpanzé)
É o último mundo antes do boss final. Essa região possui várias
minas. Nesse momento, o número de fases volta a ser cinco, e temos: Tanked Up
Trouble, Manic Mincers, Misty Mine, Loop Lights e Plataform Perils. O chefe do mundo é novamente Necky Snr, agora
em uma versão mais difícil. Afinal ele ficou bem irritado com o último
encontro.
Para encerrar o jogo, nós temos que enfrentar
King K. Rool, o responsável pelo roubo das bananas e capitão do barco Gankplank
Galleon. Ele na verdade é mais um rei do que capitão mesmo, e te engana quanto
a ter vencido o jogo quando antes de finalmente se dar por vencido.
Apesar de durante esses seis cenários nós
termos apenas dois personagens jogáveis, ainda existem alguns que nos auxiliam
durante a jornada. São os animais que funcionam como veículo e ferramenta em
alguns lugares: o rinoceronte Rambi, a avestruz Expresso (por falar nisso,
assistam aos vídeos da playlist de Expresso aqui do canal), o peixe-espada
Enguarde, o sapo Winky, e o papagaio Squawks.
No jogo, também é possível obter mais vidas
colecionando itens distribuídos no decorrer das fases, tais como bananas,
letras K-O-N-G, balões de vida extra, e moedas animais douradas que abrem
caminho a fases de bônus. Há também várias passagens secretas que levam a jogos
de bônus, onde o jogador pode ganhar vidas adicionais ou outros itens.
Tornando-se um verdadeiro sucesso, Donkey
Kong Country acabou ganhando o prêmio de melhor jogo do ano em 1994, e as
vendas ainda renderam mais dois projetos na sequência. Donkey Kong Country 2: Diddy's
Kong Quest e Donkey Kong Country 3: Dixies Kong Double Trouble.
Outros jogos também foram produzidos
ultimamente, mas estes não chegam nem perto do que era na época de ouro. Até
porque o estúdio Rare foi comprado pela Microsoft, e hoje não estão
responsáveis pelo jogo da mesma maneira. Por isso, talvez nunca mais vejamos
algo com tamanha presença na saga Donkey Kong novamente.
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Então galera, o que acharam do texto? Esse projeto trará mais alguns jogos clássicos para relembrarmos, então fique de olho nas próximas postagens aqui no blog. Se você é novo aqui, leia ou três textos e veja o
que acha.
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na descrição e conheçam o canal Víctor Graecus, onde boa parte desses textos são passados para o formato de vídeo. Muito obrigado por chegarem até aqui, e até a próxima leitura.
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